STTAMP

31 de out de 2018

Groundforce - Informação aos trabalhadores

Caros Associados,


 

 
Como é do vosso conhecimento, a administração da empresa levou a cabo uma diminuição drástica do número de trabalhadores para o Inverno IATA 2018/2019, nomeadamente trabalhadores com vínculos extremamente precários a empresas de trabalho temporário.


 

 
Embora saudemos o facto de a empresa ter optado pela contratação directa, ainda que a termo certo, de trabalhadores temporários que exerciam funções há mais tempo, assim como da passagem ao quadro de efectivos de trabalhadores contratados a termo, julgamos que estas transições passam a definir uma base de recursos humanos manifestamente abaixo dos níveis mínimos necessários para o cumprimento integral dos objectivos comerciais a que nos propomos enquanto organização, mas também dos objectivos de qualidade e segurança (safety/security) a que estamos obrigados.


 

 
Foi amplamente testemunhado por todos, o esforço e dedicação destes trabalhadores temporários que, mesmo tendo a situação laboral mais indefinida de todos, sacrificaram a sua vida pessoal, o seu descanso e em muitos casos, a sua saúde, pelo gosto e paixão ao sector e pela perspectiva de futuro que nele depositam.


 

 
Num momento em que as oscilações de cargas laborais entre verão e inverno IATA são cada vez mais imperceptíveis, mantendo-se durante todo o ano um nível de assistências muito elevado, a escassez de recursos humanos provocada por este tipo de actuação resultará obviamente na sobrecarga de tarefas aos cá ficam...


 

 
Como puderam também verificar, não foi também processado o anexo referente aos retroactivos a Agosto de 2017, que é parte integrante do acordo de revisão salarial, passado que está um ano sobre a sua assinatura. Após várias interpelações neste sentido, o facto de a referida remuneração não estar processada e de ficarmos sem resposta sobre o motivo de tão injustificável atraso, é algo que não podemos conceber nem aceitar.


 

 
Paralelamente a este facto sinalizamos a acumulação galopante de horas extraordinárias não pagas ou não processadas, nalguns casos desde o mês de Agosto, revelando a clara ineficácia da nova ferramenta de controlo, registo e validação do trabalho extraordinário, algo sem precedentes a esta escala e totalmente inaceitável.


 

 
Pelo que aqui expomos, não nos resta alternativa senão enveredar por formas mais musculadas de demonstração da nossa indignação.


 

 
Nesse sentido damos início a um período de zelo absoluto, apelando assim ao cumprimento escrupuloso e integral de todos os procedimentos operacionais, não realização de tarefas não conformes com a caracterização da função e cumprimento de procedimentos das companhias, relembrando ainda que se mantém em vigor o pré-aviso de greve ao trabalho extraordinário, por tempo indeterminado.


 

 
É chegada mais uma vez a hora de não olharmos apenas para o nosso próprio umbigo e pensarmos que sociedade queremos deixar aos nossos filhos e netos, na certeza de que esta geração pagará a reforma da geração anterior, e que a forma como intervimos no nosso presente define o nosso futuro, determinando como seremos tratados e responsabilizados perante todos.


 
“A INJUSTIÇA QUE SE FAZ A UM É UMA AMEAÇA QUE SE FAZ A TODOS.”

BARÃO DE MONTESQUIEU

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